- A avaliação interpares não funciona, diz muita gente, mina o ambiente da escola, destrói os laços de solidariedade entre os docentes. Aceitam então uma avaliação externa ou mista? Ou têm todas defeito? Não vão depois dizer que quem sabe o que se passa na escola é quem está nela e não quem apenas observa de fora?
- É também dito que este modelo é mau e permite ir da subjectividade total a uma hiper-objectividade que destrói qualquer hipótese de diferença. Que há uma abordagem casuística e localizada que levou a uma disparidade enorme de critérios. Então temos de optar por assumir isso e não criticar o centralismo do ME se ele definir directrizes com pouca margem de manobra. Ou bem se quer autonomia, ou bem que só se quer alguma e, nesse caso, convém dizer qual. E quanto ao centralismo, só se critica o do ME ou também o das Direcções.
- Por fim e apenas por agora: querem mesmo uma avaliação muito formativa, palmadinha-nas-costas, ou uma que, formativa ou não, altere comportamentos e atitudes, não se limitando a contemporizar? E a quem se vai admitir esse tipo de autoridade e poder? É bom pensar-se nestas e outras questões, tentar construir um pensamento articulado e não esperar apenas para estar contra. Eu bem sei do que falo, pois é só ser apresentado um par de ideias diferentes e há logo quem diga presente na oposição a qualquer e toda a coisa.
Era fácil estar contra Sócrates e MLR, até mesmo desdenhar de Isabel Alçada. Será fácil estar contra Passos Coelho e Crato.
O que é difícil? Estar a favor de qualquer coisa. Concreta. Funcional.
IN A EDUCAÇÃO DO MEU UMBIGO