Ao destino ninguém foge: vai cumprir-se o ideal - um tempo novo paira...
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Ago 12
publicado por José Carlos Silva, às 14:21link do post | comentar

Entre 1990 e 2011 o ensino básico perdeu 331.673 alunos

 

 

Os dados estão disponíveis na Pordata: entre 1990 e 2011, o ensino básico (valores totais) perdeu 331.673 alunos. Em 1990, frequentavam o ensino básico 1.531.114. Em 2011, apenas 1.206.716. No mesmo período, o número de professores afetos ao ensino básico não parou de crescer de forma consistente.


Se olharmos para os dados da frequência do ensino básico regular (sem os dados do recorrente e outros), em 1990, o sistema tinha 1.497.095. Em 2011, apenas 1.060.794. A situação piora: o ensino básico regular perdeu 436.301 alunos em 20 anos.

Se olharmos para a evolução do número de professores entre 1990 e 2011 verificamos o seguinte: em 1990, havia 142.107 professores no sistema (inclui ensino básico e secundário, rede pública e escolas privadas); vinte anos depois, em 2011, havia 174.953.


No 2º ciclo do ensino básico, apesar de se registar uma elevada quebra no número de alunos, o número de professores passou de 25.900, em 1990, para 34.086, em 2011.


Foi no 3º ciclo do ensino básico e no ensino secundário que se deu uma verdadeira explosão no número de professores: em 1990, eram apenas 35.793; em 2011, eram 89.539. Compare-se este números com a evolução do número de alunos no 3º ciclo do ensino básico e no ensino secundário: no 3º CEB, havia, em 1990, 406.892; em 2011, havia 409.416. Apenas mais 2524 alunos. No ensino secundário,a evolução foi esta: em 1990, havia 285.613 alunos; em 2011, havia 369.979 alunos. Apenas mais 84.366. Compare-se a evolução do número de alunos nos últimos 20 anos com a evolução do número de professores durante o mesmo período e fica-se com a dimensão do despesismo e da má gestão do pessoal docente.

A dimensão do desperdício e da má gestão dos recursos humanos na Educação, ocorrida entre 1990 e 2011, não tem paralelo em mais nenhum setor da administração pública.

Todos são culpados: os ministros da educação que se sucederam entre 1990 e 2011, as universidades e institutos politécnicos, públicos e privados, que não cessaram de aumentar as vagas para os cursos de formação inicial de professores e o eleitorado que foi sufragando as políticas despesistas que haviam de conduzir o país à insolvência.
 
ramiro marques

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