A redução do número de zonas pedagógicas - atualmente são 23 zonas e o ministro da educação quer reduzi-las a 10, aumentando a extensão geográfica de cada uma - permite maior mobilidade interna, criando mais oportunidades para que um docente com horário zero possa ficar com componente letiva deslocando-se para outro agrupamento. Sendo as zonas pedagógicas maiores, as oportunidades para conseguir carga letiva aumentam.
A aplicação do regime de mobilidade especial aos funcionários públicos com estatuto especial, professores e médicos, é uma exigência da troika. Com o agravamento da recessão e das condições a que Portugal está sujeito, a garantia do ministro da educação é uma boa notícia.
No princípio do ano letivo, havia cerca de 2000 docentes dos quadros com horário zero. Atualmente, são apenas 662.
O ministro da educação garantiu ontem, no Parlamento, que, no próximo ano letivo, não haverá mexidas na carga horária semanal (35 horas) dos docentes. Disse também que não tenciona mexer, no próximo ano letivo, nas reduções de componente letiva para docentes a partir dos 50 anos de idade.
Podem não ser as melhores notícias do Mundo mas, atendendo à gravidade da situação económica e financeira do país, não deixam de ser boas.