Há um sonho
Por cumprir,
Um desejo: vencer
A todo o custo
Sem olhar
A lado algum.
Há um sonho,
Um desejo: vencer
E ter fé
E cumprir o sonho,
Vencer.
Há um sonho
Por cumprir,
Um desejo: vencer
A todo o custo
Sem olhar
A lado algum.
Há um sonho,
Um desejo: vencer
E ter fé
E cumprir o sonho,
Vencer.
Deitar a cabeça em teu regaço e olhar o mundo em paz
Uma vez na vida que fosse como quem sonha tudo de seu
Num relance de puro deleite com a adrenalina a trepar
Em ânsia descontrolada nesse corpo doce que a vida
Estremece em cada segundo que passa, onde podia fugir
Fechando os olhos, imaginando que te amava todos os dias
Numa posse selvagem e frenética que o tempo jamais apagaria,
E só nós dois saberíamos fazer perdurar até à imensidão
Da eternidade de todos os dias.
Sorris sempre que adivinhas o meu instintivo desejo de te possuir
E foges de me ter, sabendo como eu te quero há muito, por isso
Pergunto-me há tanto tempo, pergunto-me tantas vezes, infinitas
Vezes sem conta: até quando?-, e invariavelmente, fico à espera
Da resposta à pergunta maldita! Sabes, adorava tocar-te e amar-te
Na loucura total de um dia, de um tempo em que marcasses
A ordem da obediência e da discordância, do silêncio e da desordem,
Da permissividade e do aconchego, da vida e da ternura do rio e do riso
A transbordar.
Até quando? Sim, até quando?
Os anos passam. A vida esgota-se em silêncios perdidos e olhares cruzados
Por entre sorrisos felizes, fugindo por entre janelas à vida sem nunca
permitirem que entre a dor ou a fragância da morte.
31/12/2005
O Comendador da Rampa, Roberto Souto, general de carreira, e detentor de um título de nobreza que ganhava raízes na memória do nascimento do país, vislumbrava o rio na pachorra do dia que definhava, apreciava a ternura e vida na sua eterna indolência.
Na verdade é que nunca chegara a compreender o processamento de determinadas estruturas vitais em determinados organismos ou seres ditos superiores ou racionais que perante determinadas circunstâncias se deixavam levar, ou enlevar, por mirificas ideias de encantamentos sustentadas nas mais puras alucinações de aparentes e estranhas ideias preconceituosas de que a ignara ignorância ainda persistia e a plateia batia palmas a uma sapiência de fato.
Ainda há dias presenciara aquela cena inusitada do Carlindo Maia, arquiteto e político. Coitado, mal ele sabia que eram aplausos de puro gozo, de um sadismo maquiavélico, de um prazer medonho, esperando apenas o dia e a hora fatídica para lhe atenuar a dor e terminar com todos os males de vaidades e presunções de saloiice herdadas dos seus avoengos e de que nunca se libertou.
Carlindo Maia é arquiteto e homem simples e político. Trepou a pulso na vida e na política. É maquiavel puro. Ou talvez pior. E é presidente de câmara de Olhos de Sol. E agora acabou-se o seu tempo.
Acabava-se.
Carlindo Maia decidiu ser presidente de junta. Que estranho! Nada estranho! Se vencer vai ser presidente de junta de uma junta que engloba quinze juntas! E terá tanto poder como o presidente de câmara. Percebido. É assim Carlindo Maia.
O Comendador da Rampa deixou de entender Carlindo Maia. Também deixou de entender os seus antigos apoiantes. Agora não o apoiam. Agora apoiam José Joaquim, o candidato à câmara de Olhos de Sol e a uma ordem de José Joaquim abatem Carlindo Maia. É por estas e por outras que o Comendador da Rampa pouco ou nada entende.
José Joaquim não esconde o claro desejo de ver Carlindo Maia derrotado. A mesma veemente intenção é partilhada por Carlindo Maia relativamente a José Joaquim.
Ontem, no Café Olhar o Sol, o Comendador da Rampa olhou perplexo o povo que ali tomava café. Não falavam em votar no Carlindo Maia ou no José Joaquim, o nome que ouviu sem cessar foi: Gustavo Casimiro, o cabeça de lista do movimento independente. Sorriu.
E foi de sorriso aberto que assistiu à vitória de Gustavo Casimiro, um candidato que nem soube porque ganhou.
José Carlos Silva
Dignidade é a habilidade para alinhar minhas atitudes, minhas palavras e minhas ações com meus valores genuínos. Todos temos direito à paz interna, a relacionamentos felizes e a uma coexistência harmoniosa. Porém, esses direitos pessoais só podem ser adquiridos quando temos a coragem de viver de acordo com os valores que firmemente acreditamos. Ser digno é não ter medo de fazer o que pensa ser certo...”
Brahma Kumaris
O Comendador da Rampa, Roberto Souto, general de carreira, e detentor de um título de nobreza que ganhava raízes na memória do nascimento do país, vislumbrava o rio na pachorra do dia que definhava, apreciava a ternura e vida na sua eterna indolência.
Na verdade é que nunca chegara a compreender o processamento de determinadas estruturas vitais em determinados organismos ou seres ditos superiores ou racionais que perante determinadas circunstâncias se deixavam levar, ou enlevar, por mirificas ideias de encantamentos sustentadas nas mais puras alucinações de aparentes e estranhas ideias preconceituosas de que a ignara ignorância ainda persistia e a plateia batia palmas a uma sapiência de fato.
Ainda há dias presenciara aquela cena inusitada do Carlindo Maia, arquiteto e político. Coitado, mal ele sabia que eram aplausos de puro gozo, de um sadismo maquiavélico, de um prazer medonho, esperando apenas o dia e a hora fatídica para lhe atenuar a dor e terminar com todos os males de vaidades e presunções de saloiice herdadas dos seus avoengos e de que nunca se libertou.
Carlindo Maia é arquiteto e homem simples e político. Trepou a pulso na vida e na política. É maquiavel puro. Ou talvez pior. E é presidente de câmara de Olhos de Sol. E agora acabou-se o seu tempo.
Acabava-se.
Carlindo Maia decidiu ser presidente de junta. Que estranho! Nada estranho! Se vencer vai ser presidente de junta de uma junta que engloba quinze juntas! E terá tanto poder como o presidente de câmara. Percebido. É assim Carlindo Maia.
O Comendador da Rampa deixou de entender Carlindo Maia. Também deixou de entender os seus antigos apoiantes. Agora não o apoiam. Agora apoiam José Joaquim, o candidato à câmara de Olhos de Sol e a uma ordem de José Joaquim abatem Carlindo Maia. É por estas e por outras que o Comendador da Rampa pouco ou nada entende.
José Joaquim não esconde o claro desejo de ver Carlindo Maia derrotado. A mesma veemente intenção é partilhada por Carlindo Maia relativamente a José Joaquim.
Ontem, no Café Olhar o Sol, o Comendador da Rampa olhou perplexo o povo que ali tomava café. Não falavam em votar no Carlindo Maia ou no José Joaquim, o nome que ouviu sem cessar foi: Gustavo Casimiro, o cabeça de lista do movimento independente. Sorriu.
E foi de sorriso aberto que assistiu à vitória de Gustavo Casimiro, um candidato que nem soube porque ganhou.