Ao destino ninguém foge: vai cumprir-se o ideal - um tempo novo paira...
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Jan 13
publicado por José Carlos Silva, às 20:34link do post | comentar

 

 

Há, em muitos responsáveis políticos, uma tendência natural para canonizar tudo aquilo que vai ao encontro da sua vontade e para diabolizar o que contraria aquilo que desejam como realidade. O recente estudo “Indicador Sintético de Desenvolvimento Económico e Social ou de Bem-estar dos Municípios” do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social da Universidade da Beira Interior não foge à regra.

 

Ora, como o concelho de Lousada ficou no lugar 300, em 308 municípios, não será de estranhar que, não só, não se dê relevância ao estudo mas também se procure menorizá-lo ou mesmo descredibilizá-lo. Efectivamente, deve haver algo de muito errado no estudo para que o concelho maravilha, que nos é “pintado” pelos órgãos oficiais e oficiosos, fique em tão indecoroso lugar.

 

A verdade é que estes investigadores (José Pires Manso e Nuno Miguel Simões) reeditam este estudo pela terceira vez (2007, 2009 e 2012) e apresentam claramente a metodologia, os objectivos, as fontes, as variáveis e os testes. Estamos diante de um estudo académico que, como todos, pode ser alvo de discussão e pequenos erros mas não deixa de aplicar a mesma metodologia a todos os concelhos obtendo resultados validados. Por isso, não adianta esconder ou denegrir porque a realidade, embora desapontante, impõe-se: Lousada é, em 2012 (com dados de 2010) um dos concelhos com piores indicadores de desenvolvimento económico e social ou de bem bem-estar dos municípios portugueses.

 

Esta é a triste realidade que obras de fachada e intoxicação informativa não conseguem esconder. Esta é a realidade expressa não pelos “fanáticos” da coligação mas por investigadores da Universidade da Beira Interior.

 

Mas há outros dados que não podem deixar de ser trazidos à colação: o município de Lousada, ao longo dos anos, foi-se afundando no Ranking produzido por estes investigadores. Se em 2007 estava na posição 186, em 2009 passou para 233 e, em 2012, colocou-se na posição 300. Esta queda, sucessiva e acentuada, aponta para um modelo de desenvolvimento errado: essencialmente centralista e com obras de fachada.

 

Aquilo que os estudos mostram e que o executivo não compreende, ou não quer compreender, é que, ao longo dos anos, anos em que houve financiamento disponível para um desenvolvimento estruturado e harmonioso de todo o território concelhio, outros, ao invés de Lousada, aproveitaram esses fundos e ganharam qualidade de vida que não fomos capazes de criar na mesma medida (mesmo considerando a potencialidade da juventude do concelho).

 

Não é agradável que estudos independentes nos coloquem num ranking dos piores concelhos do país. Não é delicado que exponham aquilo que não queremos ouvir ou ver!

 

Mas, a verdade é esta… o resto são tretas!

 

Por: Filipe Barbosa, In Verdadeiro Olhar


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