Quando o caminho termina e o itinerário cessa e tudo chega ao fim, bate de repente uma certa nostalgia, uma estranha saudade pelo trilho percorrido. Trilho estreito, tantas vezes delimitado por diminutas balizas, deixando esparsos rastos de ténues esperanças. E dessas nesgas e solitárias manhãs de primavera renascia a luz do sonho.
Foi sempre assim: um mar de esperança, um contínuo sorriso, uma procura de um amanhã que havia de surgir e um mar a encher, um mar a encher e um oceano que se foi formando até ao sonho ganhar forma e haver um vislumbre de esperança, e, por fim, uma certeza: o destino cumprir-se-ia.
Não chores saudade! Não derrames a melancolia da persistência pelo ideal. Nobre e belo, esse mourejar perseguido sem nunca vacilares.
Agora, quando o sonho sorri, saudade sorri também, tão belo é sentir a doce tentação do grito da libertação e olhar a dança festiva do teu olhar e pedir que o caminho jamais termine.